O Gato Que Fede

O caro leitor já se deve ter deparado com o título, um tanto ou quanto estranho, e perguntado o porquê deste.
O título é uma alusão ao livro da criançada, "Alice no país das maravilhas". Mas o que tem esse livro haver comigo, ou melhor connosco, Portugal? Se este não é o país maravilha porque raio comparar os dois? A resposta é simples. Aquela expressão, traduz neste momento, a política portuguesa ao nível das eleições presidenciais. Basicamente, e para não confundir mais o confuso leitor, o coelho é interpretado por o Sr. Cavaco Silva. O pior é que neste país existem muitas Alices. Não falo do programa de televisão "Senhora Dona Lady", falo sim do resto dos candidatos. Porque parece que não estão há disputa do cargo de presidente da república, por mais engraçado que possa parecer, mas sim porque parece que esta corrida às eleições se transformou numa caça. Persegue tudo o mesmo, o coelho!
Claro que isto só favorece a imagem de Cavaco Silva, pois parece aos olhos de quem vê e aos ouvidos de quem ouve, que são precisos cerca de várias pessoas, para o mandar abaixo. A imagem que me vêm imediatamente à cabeça, é a queda da estátua de Saddam Hussein simbolizando a queda do regime por ele instalado.
Ao que parece, todos os outros candidatos apenas querem isso mesmo, a queda de Cavaco Silva! Até pode acabar na presidência o Tino de Rans, o que interessa é que não fique o Cavaco pá!
Tenho para mim, que se realizou um jogo qualquer de poker a dinheiro e Cavaco Silva ficou a perder dinheiro para toda a gente. Agora é claro, querem reavê-lo...
Não sei se o leitor, caríssimo com é, reparou na suave transição de livro para criancinhas feliz e inocente, para uma cena digna do um qualquer filme da trilogia "The Godfather". Não tendo por enquanto a violência do filme passado para a campanha, espero que as coisas aqueçam. Pelo menos sempre se poupa os euros a ir ver o filme ao cinema. Já agora, senhor ministro do... ah... coiso... para quando a edição em DVD?

"Epah, pra quando um post?!" ...ok ok, não se atropelem! Isto não é a candidatura às presidênciais!Por falar nisso, o prémio deve ser muito bom, a julgar pelos candidatos. Eu não quero atirar batatas, mas acho que deve ser uma embalagem de papas Nestum! Até eu me sinto tentada!... Atenção! Vai-se iniciar a corrida!
Em primeiro temos Mário Soares, forte candidato que se afirma ainda estar para as curvas. Na pista 2 temos Cavaco Silva, que quer passar despercebido mas pode ser um poço de surpresas!Em terceiro, sem apupos, o poeta, Manuel Alegre, que não nos ponha a dormir. Camisola #4, Francisco Louçã, só para confundir, bem a meio da pista. "Last but no least", veremos, Jerónimo de Sousa! Os lugares estão ocupados, que se inicie a disputa! Louçã com um golpe de táctica ultrapassa Cavaco que se esconde atrás de um arbusto, dá um toque de esquerda a Soares que se vê empurrado para as boxes, pacemaker não resiste à pressão. Ajudado por Rosa Mota retoma a corrida. Louçã em primeiro mas que não se esqueça Alegre, que já chora rosas sem pétalas num belo poema ao cravo e à liberdade, deixou-se ultrapassar e já escreveu uma livro sobre isso. Cavaco sai de trás do arbusto e decide retomar a corrida, gritando que não quer ganhar, apenas está ali por desporto. Soares enfrenta-o num aceso confronto que resulta num apoio de mão de Rosa Mota e Sócrates, se bem que este último prefere ir atrás de outro arbusto apoiar Cavaco e aconselhá-lo a não desistir.Louçã abranda o passo e pede a Alegre que cante uma musica inspiradora, Alegre levanta um dedo da mão esquerda, insultuoso. A corrida está renhida mas ninguém nota a falta de um candidato, Jerónimo! Aida nem partiu! Diz que já vai, fica um pouquinho mais ali, a dar um pézinho de dança e a colar a dentadura, não que tropeçar nela quando der um bailinho ao povo, ups! com o povo.
Que ganhe o melhor!...