O Gato Que Fede

Hoje vou falar de gajas. Não se pode dizer que tenha sido a pedido de várias famílias. Aliás, duvido até que alguma família me pedisse para falar disto. Um agregado familiar, possivelmente de 3 ou mais pessoas, incluindo pequenas inocências, futuras gajas quem sabe. Convenhamos que não é assunto para ninguém.
Antes de tudo há que dizer (e saber) o que é uma gaja! Acredito que a maioria de vocês diz “ah, gaja...bem, gaja...é...então pah! “. Pois é isto que não acontecerá mais! Para começar, e muito no geral, gaja é uma mulher! Ah! Ninguém tinha pensado nisso. Mas vejamos, não é qualquer tipo de mulher, há vários tipos de gajas. Pois bem, eu fui para a rua (?!?!) e sondei.
Temos a verdadeira gaja, aquela, a que dá a volta à cabeça, a que deixa os homens de boca aberta e as outras gajas cheias de inveja. “Xiiii, que gaja boa”. Esta gaja também é intocável, inalcansável!
É claro que temos “olha aquela gaja!”, aquela que anda desaparecida e que faz-nos perguntar por onde tem andado, se está tudo bem com ela...
Há sempre o mítico “F*d*-s* pah! Aquela gaja...”, a que só faz o que não deve e que irrita e chateia os outros. Normalmente é conotada negativamente, é a gaja que ninguém gosta, ao contrário da gaja boa e da gaja que não vemos há já um tempo.
Também há sempre aquela “Há dias tive com uma gaja, sabes quem é pah! A…ai como se chama, aquela gaja! Tu se visses a gaja sabias quem era”. Isto aplica-se quando nem se sabe com quem se esteve e simplesmente é importante mostrar que se esteve com uma mulher, independentemente do nome, ou se era conhecida ou não. Era uma gaja! Na sua verdadeira essência. Provavelmente até uma gaja boa quem sabe…
Uma que todos conhecem é a “gaija”. Sim, na verdade não muda muito, apenas traduz a iliteracia dos portugueses. Gaja ou gaija é igual, se bem que às vezes e em certas zonas fica sempre bem, e quem disser gaja é maricas.
Claro que há o mítico “a minha gaja (ou gaija)”. Simboliza algo, se é afecto ou não, não sei, para mim mais parece sinal de posse, como se diz “o meu gato” ou “a minha cadela”, mas os moços lá devem saber o que querem dizer, e as moças não parecem importar-se com isso! Geralmente o “a minha gaija” não representa a típica gaja boa, aliás, pode deixar muito a desejar aos olhos de quem aplica a expressão “gaja boa” e é conhecedor dos requisitos que este tipo de mulher preenche, mas o amor às vezes prega partidas (!?). Também não é necessariamente uma gaja que tenhamos saudades, isso agora já vai das pessoas.
Gaja ou não, a mulher não deixa de ser mulher, pode ser a gaja boa, a gaja fixe, a gaja mete nojo, a gaja que é uma gaja qualquer, a gaija…
O que é mesmo porreiro, é que no fim de lerem tudo, a palavra gaja já começa a perder sentido, e torna-se simplesmente num som irritante…Gaaaajaaaaa… E que tal lerem o post outra vez?